Em operações baseadas em projetos como consultorias, implantadoras de ERP e empresas de serviços profissionais, vender bem é apenas o começo. O verdadeiro desafio está em garantir que cada entrega seja financeiramente saudável, sustentável e rentável.
O problema é que, muitas vezes, os gestores ficam reféns do que os relatórios financeiros mostram apenas no final do mês. E quando os números negativos aparecem, é tarde demais para corrigir o rumo.
Ao longo de anos apoiando gestores em projetos complexos, percebemos que a chave para uma operação bem-sucedida está em acompanhar de perto os indicadores financeiros certos. Eles não apenas revelam a saúde dos projetos, mas orientam decisões estratégicas no dia a dia.
A seguir, compartilhamos os principais KPIs financeiros que usamos e recomendamos para garantir clareza, previsibilidade e performance em projetos de entrega e serviços.
5 Indicadores Financeiros Essenciais para Avaliar a Saúde dos Projetos:
1. Rentabilidade por Projeto
Saber se um projeto realmente trouxe lucro vai muito além de analisar o valor faturado. É preciso considerar todas as despesas diretas envolvidas, principalmente as horas do time alocado, para chegar à rentabilidade líquida de cada projeto.
Esse indicador permite identificar quais contratos estão de fato gerando valor e quais estão apenas movimentando a operação sem retorno financeiro. Projetos com boa rentabilidade sustentam o negócio. Projetos deficitários, quando não identificados, se tornam prejuízo disfarçado de produtividade.
2. Margem de Contribuição por Contrato ou Serviço
A margem de contribuição revela o quanto "sobra" do faturamento após o desconto dos custos variáveis. Em projetos, esses custos costumam estar relacionados diretamente às horas investidas, uso de recursos específicos, deslocamentos ou ferramentas contratadas.
Esse dado é essencial para decidir quais serviços priorizar, quais contratos renegociar e quais práticas replicar.
3. Previsto vs. Realizado (Custos e Horas)
Esse é um dos indicadores mais valiosos para qualquer operação orientada a projeto. Ele mostra a diferença entre o que foi planejado (em horas e em orçamento) e o que realmente foi realizado durante a execução.
O acompanhamento contínuo do previsto vs. realizado permite ajustes em tempo real e evita surpresas no final. Ele também serve como ferramenta de aprendizado: ajuda a calibrar estimativas futuras e desenvolver maturidade na gestão de escopo.
4. Utilização do Time
A taxa de utilização mede quantas horas dos colaboradores estão sendo efetivamente alocadas em projetos faturáveis, em comparação com sua carga horária total disponível.
Um índice muito baixo pode indicar problemas na distribuição de trabalho, subalocação ou baixa conversão comercial. Um índice muito alto pode ser sintoma de sobrecarga, o que afeta a qualidade da entrega e o clima do time.
Esse indicador é essencial para o equilíbrio entre capacidade operacional e rentabilidade.
5. Custo Médio por Entrega
Saber quanto custa, em média, entregar uma fase de projeto, uma funcionalidade, uma customização ou qualquer item previsto no escopo ajuda a construir propostas comerciais mais realistas e lucrativas.
Esse indicador também orienta investimentos em automação, processos e até mesmo treinamentos, ao evidenciar quais entregas são mais dispendiosas e onde é possível ganhar eficiência.
Conclusão: Decisões Baseadas em Dados Geram Margens Reais
Gestão financeira de projetos não é exclusividade do time financeiro. É papel direto do gestor de projetos, do líder de operações e de qualquer profissional que queira garantir a entrega de valor com sustentabilidade.
Acompanhar esses indicadores permite decisões ágeis, correções de rota em tempo real e uma visão clara do que realmente está funcionando na operação.
Aqui no PSOffice, ajudamos consultorias e empresas de serviços a automatizarem o acompanhamento desses indicadores, eliminando a dependência de planilhas manuais e consolidando dados em tempo real para decisões mais estratégicas.
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